Irmãs carmelitas se despedem de Rio Branco do Sul

Após 10 anos de intenso trabalho social em favor dos mais necessitados as Irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas deixam Rio Branco do Sul para cumprir uma nova missão em Curitiba, a pedido da Congregação, que atualmente se encontra em número reduzido.
A chegada das freiras ao município foi anunciada em setembro de 2000, pelo então pároco padre Tadeu Camilo, que já havia solicitado ao bispo Dom Moacyr José Vitti a presença delas na comunidade, para ajudar nas atividades pastorais. Por coincidência estas religiosas, que trabalhavam na Paróquia Santa Margarida, em Curitiba, buscavam outra localidade onde precisassem de ajuda.
Depois de confirmada a vinda das irmãs ficou o padre Tadeu responsável por projetar moradia para elas. O local escolhido foi a comunidade Nossa Senhora de Fátima, por perceberem ser ali mais necessária a solidariedade. “Queríamos morar num lugar onde as pessoas precisassem mais e nós reconhecemos isso naquela localidade”, explicou a irmã Silvana Maria Ribas.
Com a casa construída em maio de 2001 vieram primeiro as irmãs Margarete Moraes dos Santos e Sandra Antoninha, fundadoras da Comunidade Carmelita no município. Iniciaram seus trabalhados na secretaria paroquial, depois passaram a visitar as comunidades rurais, assumiram palestras nos encontros pastorais, celebrações litúrgicas, assistiram os doentes, colaboraram em atividades da APMI e coordenaram os trabalhos na Associação Bonamigo, atualmente, Projeto Dignidade, voltado ao atendimento de crianças carentes.
De acordo com a ministra da comunhão eucarística e voluntária no Projeto Ruth Andolpho Ribeiro, foi nessa relação com os mais pobres e pequeninos, fazendo coisas simples em lugares considerados pouco importantes que as irmãs carmelitas estiveram nestes dez anos e deram exemplo de fé, dedicação e perseverança.
Para a irmã Silvana a experiência com o povo rio-branquense foi muito gratificante, principalmente com as crianças do Projeto Dignidade. “Com elas nós aprendemos mais a cada dia. Nosso trabalho era passar conhecimento, mas elas nos ensinaram muito mais. Vieram até nós em busca de carinho, atenção, depositaram em nós confiança e nos ensinaram a amar mais as pessoas. Estamos satisfeitas com o trabalho que fizemos e que deve ser continuado por outros”.
A religiosa disse que o Projeto Dignidade ficará sob responsabilidade da Paróquia com a ajuda de pessoas da comunidade. Já as atividades realizadas na localidade de Nossa Senhora de Fátima, como o Clube de Mães e a Infância Missionária continuarão sendo assistidos às terças-feiras pela irmã Jorgete Bissimwa.